A Escrita Japonesa. Parte 3

Dando continuidade sobre a escrita japonesa, chegamos ao topo da pirâmide, a pedra do sapato, o temido, o desmotivador de estudantes… com vocês o Kanji!!!

Se você acha que depois de aprender Hiragana e Katakana ficou “expert” em escrita japonesa, pense 2 vezes.
O Kanji com certeza (x1000) é o mais complexo e difícil dos três sistemas de escrita utilizados no Japão de ser aprendido. Os Kanjis são caracteres de origem chinesa, do período da Dinastia Han. Há uma versão que diz que monges budistas trouxeram da China em textos originais, e com o passar do tempo foram desenvolvidos sistemas que possibilitou os japoneses a lerem e escreverem os caracteres dentro da suas regras gramaticais. (que não possuia sistema de escrita na época)  Devido o japoneses nas “antigas” usar um Kanji somente por causa de seu som pra se expressar, que se desenvolveram o Hiragana e o Katakana, que como dito são puramente fonéticos. Observe:
Hiragana


Katakana

Kanjis possui dois tipos de leituras: a leitura On-yomi, leitura de origem chinesa, e a leitura Kun-yomi, de origem japonesa. A On-yomi (chinesa) deriva-se da época em que o Kanji foi “entrando” (¬¬) no Japão, e vários chegaram em épocas diferentes, por isso um único Kanji possui várias leituras diferentes. Já a leitura Kun-yomi (japonesa) deriva-se da forma em que os nativos falavam o som do Kanji de acordo com o seu significado. Do mesmo modo, possui várias leituras que váriavam de acordo com a época.
Estudo do Kanji!
Alguns relevam o seu estudo e se focam apenas em aprender a ler, outros se aventuram a começar e desistem no meio da jornada, e finalmente há aqueles que se esforçam e realmente conseguem, com muito esforço, o aprendizado “proficiente” de Kanji. Não é pra menos, no Japão, o governo organizou várias reformas no sistema de escrita e isso só fez aumentar o número de Kanji a serem utilizados oficialmente. (pobres estudantes u.u) O número oficial de Kanjis a serem aprendidos após a primeira reforma, em 1946, era de: 881 Kanjis para a escola primária, e outros 969 adicionais dando um total de 1,850 Kanjis. Após uma segunda reforma em 1981, esse número passou a ser de: 1006 Kanjis a serem aprendidos na escola elementar e outros 939 Kanjis adicionais, a serem aprendidos no ensino médio, dando um total de 1,945 Kanjis, os chamados “Jouyou Kanji”. (Kanjis de uso diário) E não é só isso, neste ano (2010) o Ministério da Educação do Japão irá revisar a lista dos Jouyou Kanji depois de 29 anos, e irá adicionar 196 novos caracteres e irá retirar 5. (¬¬ tsc) Sendo assim a nova lista Jouyou será de 2,136 Kanjis!
Mas não desista, aprender Kanji pode ser legal se você souber como fazer. Cada indivíduo possui suas vontades e preferências, e essa é a chave para o estudo de Kanjis. Há na web inúmeros sites com as mais variadas formas e métodos para o estudo dos caracteres, mas o conselho que eu dou para você caro leitor é: “Teste todos e veja o que se adequa mais ao seu estilo e velocidade de aprender”. Não se deixe levar porque fulano disse: “com a aquele método eu aprendi fácil”, ou sicrano disse: “aquele é que é o melhor”, teste e veja se presta pra você também! Não deu, ou tá complicado? Adapte ou crie o seu próprio método. Aprender japonês é assim, requer esforço em dobro do aluno para encontrar uma “zona de conforto”, mas depois de achada e familiarizada, essa zona se torna o seu próprio modo natural de aprender. Então não se desmotive se você começou a estudar Japonês agora, pelo contrário, MOTIVE-SE a aprender, pois é isso que lhe tornará um bom ou um ruim tradutor/intérprete/estudante/ou.o.que.você.queira.se.tornar em Japonês.
PS: Menção honrosa à Hendrik Lindelauf que atravéz de muito esforço, obteve sucesso nos estudos de Kanji, e foi uma de minhas minhas inspirações no início de meus estudos de japonês. Arigatou!
 

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